Posse de Monitora de Creche

No dia 11 de março aconteceu a posse de duas Monitoras de Creche e uma professora dos anos iniciais no gabinete do prefeito. Estavam presentes o prefeito Horácio Brasil, vice-prefeito Ademar Frescura, secretária de Educação Edy Bittencourt, secretária adjunta Sandra Busnelo e membros do Controle Interno. As Monitoras Sandra de Lima Trombini e Caroline Oliveira Ebling e a professora Loiva Terezinha Veiga Salbego que atuará nos anos iniciais da Rede Municipal foi dada a posse que entrará no exercício de suas funções. A secretária de Educação, Edy Bittencourt parabenizou as mais novas integrantes do quadro funcional da Secretaria de Educação.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Conferência Intermunicipal em São Vicente do Sul

Conferência Intermunicipal de Educação (CONAE) em São vicente do Sul, ontem, 26-06-2013. 
São Francisco de Assis elegeu dois delegados para a Conferência Estadual em PA, que se realizará outubro/ 2013: Edy Elaine Bittencourt e Gladis Frescura, nos seguimentos Gestor Municipal e Trabalhadores em Educação.










Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (Jergs)

Participação da Secretária Edy Elaine Bittencourt, Secretária adjunta Sandra Busnelo e Profª Eliziane Dalrosso, coordenadora pedagógica, nos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (Jergs), que estão sendo realizados no Ginásio de Esportes, hoje dia 26-06. Os Jergs começaram em 28 de maio e se estendem até 28/06/13, fase municipal.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

Gincana Meio Ambiente

Participação de alunos das escolas municipais na Semana do Meio Ambiente
Gincana "Coloque mais verde na sua vida". 
Parabéns Secretário Valteron pela bela iniciativa.



quarta-feira, 5 de junho de 2013

Caminhada em comemoração a Semana do Meio Ambiente








Abraço Simbólico na Praça Independência      





 
No dia 05 de junho de 2013 ocorreu a caminhada em comemoração a Semana do Meio Ambiente, a qual foi promovida pela Secretaria do Meio Ambiente e Projeto União Faz a Vida com  a participação dos alunos, professores, equipe da SMEC. e  do Vice- Prefeito Ademar e alguns vereadores e outras autoridades.

Entrega de laptops Educacionais


Escola Municipal de Ensino Fundamental Ramão Guareschi - Entrega de laptops Educacionais (UCA) do programa PRONACAMPO, que visa entre outras ações, promover a inclusão digital e o uso pedagógico da informática nas escolas do campo.

SER DIFERENTE É...

 
       Se formos fazer uma viagem ao túnel do tempo,referindo-se ao conceito que designa a deficiência,veremos que ao longo de todo o tempo, preconceitos, estereótipos,generalizações e mitos contaminaram as ações da sociedade em diferentes épocas.
      Desde os primórdios da humanidade a deficiência era vista com total desprezo.Exemplo desta situação foram algumas atrocidades praticadas tais como: lançamento de pessoas consideradas deficientes em despenhadeiros, dizimação destas quando pequenas, sacrifícios de diferentes ordens, enclausuramentos,uso comercial humano para fins de prostituição ou utilizado na mão de obra escrava.
     Mais adiante visualizou-se outra época em que o Cristianismo se manifestava com propósito de difundir entre este grupo social, sentimentos de humanização ao próximo,bem como a legitimação do pecado e do perdão.Contraditoriamente, ao mesmo tempo em que pregava estas possibilidades, a Igreja excluía este grupo de ocupações de cargo na referida instituição,alegando não serem perfeitos.
    A discriminação persistiu na Idade Média onde  preponderava o misticismo em relação as pessoas consideradas deficientes,vistas estas como um castigo divino.Doenças epidêmicas, típicas da época, também colocavam o deficiente em um processo de total exclusão.
   Gradativamente, novos olhares se descortinam,com a ciência passando por avanços consideráveis e avalizando algum direito,bem como o rompimento de algumas crenças e mitos.A deficiência começa a assumir uma condição mais tolerante,social e legalmente,através de direitos adquiridos, legitimados na contemporaneidade por  políticas públicas que asseguram o mínimo de estabilidade em relação a sua qualidade de vida. 
   Mesmo se considerarmos o cenário trágico do abuso  humano referido acima, como  repugnante e excludente, estas práticas poderiam ser  vistas como algo "natural" da época e das sociedades que a constituíam,ou seja,produzido por construções culturais,sociais e históricas.
   A problemática posta em questão a partir de agora permeia a condição subjetiva do ser humano considerado DEFICIENTE. 
   Eis algumas implicações que penso serem  importantes  desmistificar.
   O  que é deficiência? Segundo algumas organizações internacionais daria para se pensar em perdas, anormalidades,incapacidades,impedimentos. Mas a quem beneficiaria estes conceitos? Que outras relações estariam por trás  deste ordenamento? A quem serviria tais comportamentos adaptativos? A atribuição de rótulos e estigmas não seria um entrave para que este sujeito em questão pudesse estar produzindo outras formas de vida ou mesmo tomar suas próprias decisões?  
   Penso que a normatização e o enquadramento fazem-se extremamente perigosos diante da vastidão subjetiva a qual transitamos,todos sujeitos a perdas,limitações, imperfeições,impedimentos que nos colocam na condição de faltantes,deficientes,já que isto nos impulsionaria sempre em busca de algo.
   Somos apenas diferentes, cada um com suas particularidades,gostos,hábitos,ideias,vivências,bagagens culturais,relações sociais, padrões éticos e morais...sim,e daí?     

                        Agnes de Fatima da Silva Patias


LOUCO, EU?

                             
                                                     Enquanto você se esforça pra ser
                                                     um sujeito normal e fazer tudo igual...

                                                     Eu do meu lado aprendendo a ser louco
                                                     Maluco total na loucura real...

                                                     Controlando a minha maluquez
                                                     Misturada com minha lucidez... 

                                                                                   Raul Seixas –Maluco Beleza       


    A loucura, culturalmente construída e modificada, perpassa séculos e vem acompanhada de estigmas com métodos de intervenção médica interpretados na sua grande maioria apenas por comportamentos manifestos e observáveis, fazendo-se valer de um saber e poder absolutos.
    A inserção da psiquiatria no Brasil, estruturada por um saber científico em relação à loucura enquanto patologia, implantou as instituições manicomiais, internando pessoas em sofrimento psíquico para que fossem disciplinadas, controladas, reguladas e excluídas aos olhos da sociedade.
    A partir de algumas observações da situação exposta pelo poder enquanto força que submete, os movimentos sociais de luta começaram, gradativamente, a questionar estas propostas de aprisionamento e exclusão e pensar acerca da reinserção social, de modo menos violento e invasivo.
    Atualmente, a Reforma Psiquiátrica busca, por meio de conferências, congressos e documentos, pensar ações e serviços que assegurem os direitos da pessoa em processo de vulnerabilidade psíquica, na tentativa de extinção dos hospitais psiquiátricos e inserção de serviços aos usuários que proporcionem o resgate da identidade e da autonomia através de uma rede de proteção integral.
    O sofrimento mental vai além de uma simples nomenclatura de doença. Envolve uma complexidade de fatores internos e externos que precisam ser considerados, bem além das patologizações. 
    A luta antimanicomial enfrenta entraves significativos em relação a mudanças efetivas, dentre eles a necessidade de obtenção de novos olhares que busquem a ressignificação da loucura.
   Vale ressaltar algumas inquietações que nos levam a pensar sobre estas práticas ainda legitimadas:
   Quais causas desencadeariam a busca desenfreada de soluções imediatas para qualquer tipo de desconforto e mal estar apresentado?
   Que sintomas estariam se sobrepondo ao conceito de doença mental?
   Quais interesses estariam a serviço desta representação social?
   Não estaríamos todos à beira, quando buscamos resistir a este universo de pressões e desafetos ?
  Será que as diferenças deveriam ser medicalizadas e a vida normatizada de modo único?
  O grande desafio está lançado, resta-nos acordar para uma realidade investida de valorização às diferenças bem como a produção de enfrentamentos para lidar com as adversidades da vida, incluindo a diversidade humana, sem enclausuramentos e exclusões.  
                                                                                               
                                                                                           

"...e que a minha loucura seja perdoada


porque metade de mim é amor


e a outra metade também."


                                              Oswaldo Montenegro-Metade                                                                                     



Dialogando Educação

                                                         Dialogando Educação
 

    Dá pra imaginar a importância de um professor na vida de qualquer ser humano?
   Se começarmos a imaginar as causas que levam este profissional a adotar o título de educador, incorporando para si como uma forma de vida poderíamos pensar que estivesse objetivando remunerações mensais para manutenção de suas SOBRE- vivências, ou quem sabe uma forma de obter reconhecimento frente a seus alunos, talvez também para a manutenção de um status que lhe remetesse ao título de mestre, detentor de um saber e poder absolutos ou pela paixão de propiciar mudança e ajudar na construção de conhecimentos. Aliada a estas possíveis ideias de incorporação ao magistério, percebe-se algumas questões que necessitariam ser melhores repensadas a nível de sociedade civil organizada, Estado e profissionais da educação.
   Historicamente vemos a luta incansável por melhores salários, bem como práticas recorrentes de desrespeito e descaso para com a educação.
   O fracasso escolar, infelizmente é atribuído única e exclusivamente ao professor, sem considerar a falta de valorização da classe; o descompromisso de muitas famílias em relação a educação de seus filhos; a formação continuada que se apresenta verticalizada, sem adequações a realidade deste mestre bem como espaços, materiais, equipamentos e recursos humanos ineficientes para o desenvolvimento de atividades adequadas a tecnologias que permeiam os alunos no seu dia-a-dia.
   Mesmo com todas estas mazelas que acometem nossos educadores permanece o grande desafio de buscar no aluno que se apresenta, uma possibilidade de mudanças, que seja provocado a pensar, instigado a estabelecer diferenças entre apenas adquirir conhecimentos ou ser reconhecido através de suas vivências e bagagem cultural que lhe é peculiar, num processo de interligação entre a teoria e a prática.
    Educar a dor, o medo, a apatia, a conformidade e apostar na diversidade humana. Encharcar-se de desejo próprio para auxiliar na construção e mudança de paradigmas e abastecer-se de coragem para se envolver com o novo, com o desconhecido, investindo no processo de desenvolvimento do aluno, mas consciente das limitações e frustrações inerente as condições humanas.

   Portanto, a educação de qualidade precisa ser levada a sério, porém, além dos fatores externos acima relatados, dependerá de ações diárias e permanentes, movidas pelo desejo de provocar transformações adequadas à realidade que norteia o cotidiano destes seres pensantes, lançados e desafiados a serem preparados para a vida.
 
(Agnes)

“ Não é o sofrimento que destrói o homem. O que o destrói é o sofrimento sem sentido." V. Frankl

 
A morte, pensada como perda, atravessa a trajetória da história humana, modificando-se em diferentes épocas através de crenças, culturas, tradições. Buscou-se historicamente compreendê-la pela arte, ciências humanas, religião, na tentativa quem sabe, de minimizar a dor provocada, de modo que se tornasse passível de diferentes representações.


O referido processo de finitude existencial considerado como natural e inevitável,embora ultrapasse a nossa condição humana, põe-nos a transitar por fluxos de possibilidades tais como:


Pode-se pensar que a criação de vínculos, necessária a qualquer ser humano, dá-se desde o momento da ligação mãe-bebê, através do cordão umbilical, estendendo-se no decorrer da vida, porém as perdas começam a ocorrer a partir deste corte, no período do nascimento, rompendo assim com a vida intra uterina.


Durante toda a nossa existência deparamo-nos com as perdas objetais conscientes, levando-nos a buscar novas formas de produções de vida.


Em relação à elaboração da morte, há neste ínterim uma fase de luto, produzido por uma mistura de sentimentos e comportamentos que provocam diversas possibilidades de enfrentamento ou não, uns mais rápidos, outros mais complexos e demorados. Desespero, raiva, culpa, impotência, negação, podem provocar de início um desequilíbrio e uma desorganização devido ao choque da perda,dando lugar mais adiante a um estágio de compreensão,percepção, elaboração e ressignificação, com a devida redefinição de papeis,novas habilidades, adaptação às mudanças e reinvestimento libidinal.


As fases do luto,considerada segundo Bowlby, como um conjunto de reações frente à perda, passariam por implicações tais como: choque, inquietação, desespero, desorganização e por último a retomada de atividades à vida.


Embora com todas as dificuldades reais de assimilação, faz-se inevitável sofrer, lidar e encarar as dores provocadas pelas perdas, por mais temível e desafiador que seja.


Deparar-se com a morte encarada como perda extremamente ameaçadora e irredutível, põe-nos na condição de sujeitos faltantes, falhos, imperfeitos, impotentes, talvez daí a sensação maior de insuportabilidade devido à condição narcísica e a sensação ilusória de onipotência.


Adaptar-se as perdas provocadas dependerá da individualidade de cada sujeito, considerando-se a sua subjetividade bem como as experiências trazidas dentro das suas produções éticas e morais.


Portanto, este olhar, embora reduzido, abre brechas para que pensemos o fenômeno morte, enquanto perda, como algo que transita por entre...nas entrelinhas da vida que produzimos a cada instante, como parte dela,embora sentida como algo que desacomoda,desconcerta,desapega,desvia, desmorona e se esvai. Necessária? Ambígua? Inquietante? Talvez...O importante é que provoque reflexões acerca do nosso existir e do sentido que damos a este processo.

Psicóloga Agnes de Fatima da Silva Patias
           CRP 07/ 17533


AUTISMO

                                                                               
    Esta semana tivemos a oportunidade de refletir um pouco sobre o Autismo, culminado mundialmente a data no dia 2 de abril.
    Se formos analisar sob o aspecto clínico, verificaremos que o Autismo é um transtorno global do desenvolvimento que atinge três áreas específicas, segundo o Código Internacional de Doenças: comunicação, interação social e comportamento restritivo e repetitivo. Neste caso é muito importante o auxílio mantido por uma equipe multiprofissional bem como o apoio incondicional da família.
    Focando nosso discurso sob outros olhares podemos pensar sobre quem é esse ser que por conta de suas características causa certo estranhamento aos olhos de alguns.
   Sabemos que o relacionamento norteia o nosso cotidiano e que temos por vezes dificuldades em manter a comunicação, o discurso como prática e, portanto, a linguagem se forma corporalmente ou é canalizada de outros modos como a somatização pela via orgânica, mas imaginemos agora um mundo onde há maior dificuldade em exteriorizar estas formas de vida.
    Num primeiro momento parece que estamos a vivenciar um processo de dor, por conta do olhar vago, absorto em outros pensamentos, agitação motora e gestos repetitivos, por outras vezes uma quietude que nos provoca aflição, talvez um pedido de recusa ao que está posto como legítimo.
   Porém se analisarmos o mundo contemporâneo onde nos constituímos enquanto sociedade, verificaremos que a individualidade  se faz absoluta e utiliza-se de indiferenças,  ausência de empatia,isolamento e dificuldades em exprimir afetos necessários ao reconhecimento do outro .
   Interessante, neste momento, destacar a importância do olhar materno para o desenvolvimento e constituição do filho que foi gerado. Mesmo que haja recusa deste quanto ao contato, interação, afeto e comunicação, importante perceber que por trás de um mero diagnóstico existe um ser que precisa de cuidados e incentivo ao mundo da cultura humana.
   Quando mais cedo estimularmos nossas crianças, mais chances terão de desenvolver suas habilidades e garantir suas SOBRE- vivências na tentativa de buscar maior independência e rompimento da cisão que impede, por vezes, este ser humano de inserir-se ao mundo real.




 (Agnes)

DIREITOS HUMANOS



DIREITOS HUMANOS: algumas implicações a este respeito


    Direitos humanos,como a própria palavra já indica, referem-se aos direitos reconhecidos em favor da pessoa humana,segundo a Declaração Universal, adotada e proclamada por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
    Infelizmente, depois de 64 anos já completados, apesar de muitas conquistas, ainda vivemos num sistema onde a classe considerada mais vulnerável financeira e socialmente, perece sob a violação escancarada, através de torturas, opressão às minorias, uso abusivo de poderes, ineficiência na segurança pública, maus tratos, extorsões de diversos tipos, insuficiência de políticas públicas que possam atender a demanda de vítimas que tiveram seus direitos cerceados, além de fanatismos que põem em risco o respeito às diferenças.
    O que se vê são inúmeras distorções acerca dos referidos direitos, como se estes estivessem favorecendo "ladrões, bandidos, assassinos..." assim conceituados pelo senso comum.
    É evidente que precisamos de lideranças, principalmente a frente da Comissão de Direitos Humanos que legitimem a luta e manutenção das conquistas asseguradas, além da intervenção em ações que produzam algum tipo de sofrimento mental e o apoio a movimentos nacionais e internacionais de direitos humanos.   
   Diante do exposto e baseado na Declaração referida acima é preciso que haja a luta por práticas não excludentes, que mutilam os direitos pensados como legítimos. Imprescindível eximir-se da reprodução de ideias preconceituosas, conservadoras, discriminatórias e intolerantes, onde ainda percebem-se confusões a respeito.    
   Poderíamos pensar em indignação e possível punição pelos órgãos competentes para quem transgride estas normas já garantidas, mas o que busco provocar neste momento vai além destas ideias. Na ponta deste iceberg de contradições reside o perigo de que este processo democrático construído a partir de históricos movimentos sociais se converta em tentativas de manipulação em nome da liberdade de expressão, por exemplo, ou até mesmo em embasamentos religiosos radicais ou culturas estigmatizadas e intolerantes.
    Se a intenção é construir uma sociedade mais humanizada e coerente entre a teoria e a prática, é preciso reavaliar urgente o que queremos e quais as forças que impedem o desenvolvimento de um processo democrático mais eficaz, na busca da tão sonhada justiça social e igualdade perante as leis, conscientes sempre de que para cada direito corresponde um dever e baseados em posicionamentos mais críticos, que promovam este sujeito de direitos à vida em sociedade, de modo digno e sem violações.


ROMPENDO COM O PACTO DO SILÊNCIO

                                                 
   A data de 18 de maio remete-nos a um caso de dor, violência extrema e indiferença à vida, pois foi exatamente neste dia, no ano de 1973, que Araceli, uma menina de apenas 8 anos de idade teve sua vida ceifada, após ter sido estuprada, drogada, espancada e morta numa farra de sexo acompanhado de drogas, além de ter seu corpo desfigurado por ácido.
   Em maio de 2000, através da lei Araceli- n° 9.970 foi instituído o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes.
   A história nos mostra que as crianças e adolescentes sempre sofreram diversos tipos de violências, pautadas pelo autoritarismo e repressão com castigos corporais e emocionais, cultura de dominação e discriminação, além de ausência total de direitos, hoje assegurados por políticas públicas e sociais e legitimados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como pela luta nacional e internacional dos Direitos Humanos.  
   A violência representada através do abuso e da exploração, infelizmente ainda comuns no nosso cotidiano, causa indignação e repúdio. Tais práticas são alarmantes segundo dados relatados pela mídia em pesquisas realizadas.
   Necessário obtermos informações a respeito de qualquer tipo de violência, principalmente esta que atinge expressiva parcela de crianças e adolescentes. Ouvir, acolher, orientar, manter diálogo constante com trocas afetivas ainda é a melhor forma de evitar tais danos que causam traumas e consequências muitas vezes irreversíveis.
   Embora se saiba dos entraves burocráticos legais, das desinformações, das dificuldades nas investigações policiais, das omissões, do medo ou ameaças sofridas precisamos denunciar às autoridades competentes qualquer tipo de violência, promover campanhas continuadas e dar um basta na impunidade que se faz gritante em nosso país.
   As tentativas de enfrentamento são múltiplas, embora ainda ínfimas diante da complexidade deste fenômeno que rompe com a possibilidade de desenvolvimento saudável destes meninos e meninas, violando seus direitos de modo cruel e brutal.   
   Precisamos legitimar esta nova concepção que envolve a proteção e o respeito aos direitos já assegurados, na busca do enfrentamento deste grave problema social.
   Cuidemos de nossas Aracelis, pois a responsabilidade em relação a estas é nossa, já que ainda são incapazes de compreensão e defesa destas atrocidades. 

  Procuremos romper com o pacto do silêncio que encobre esta situação de desamparo, numa espécie de invisibilidade a dignidade humana.

(Agnes)