Posse de Monitora de Creche

No dia 11 de março aconteceu a posse de duas Monitoras de Creche e uma professora dos anos iniciais no gabinete do prefeito. Estavam presentes o prefeito Horácio Brasil, vice-prefeito Ademar Frescura, secretária de Educação Edy Bittencourt, secretária adjunta Sandra Busnelo e membros do Controle Interno. As Monitoras Sandra de Lima Trombini e Caroline Oliveira Ebling e a professora Loiva Terezinha Veiga Salbego que atuará nos anos iniciais da Rede Municipal foi dada a posse que entrará no exercício de suas funções. A secretária de Educação, Edy Bittencourt parabenizou as mais novas integrantes do quadro funcional da Secretaria de Educação.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

“ Não é o sofrimento que destrói o homem. O que o destrói é o sofrimento sem sentido." V. Frankl

 
A morte, pensada como perda, atravessa a trajetória da história humana, modificando-se em diferentes épocas através de crenças, culturas, tradições. Buscou-se historicamente compreendê-la pela arte, ciências humanas, religião, na tentativa quem sabe, de minimizar a dor provocada, de modo que se tornasse passível de diferentes representações.


O referido processo de finitude existencial considerado como natural e inevitável,embora ultrapasse a nossa condição humana, põe-nos a transitar por fluxos de possibilidades tais como:


Pode-se pensar que a criação de vínculos, necessária a qualquer ser humano, dá-se desde o momento da ligação mãe-bebê, através do cordão umbilical, estendendo-se no decorrer da vida, porém as perdas começam a ocorrer a partir deste corte, no período do nascimento, rompendo assim com a vida intra uterina.


Durante toda a nossa existência deparamo-nos com as perdas objetais conscientes, levando-nos a buscar novas formas de produções de vida.


Em relação à elaboração da morte, há neste ínterim uma fase de luto, produzido por uma mistura de sentimentos e comportamentos que provocam diversas possibilidades de enfrentamento ou não, uns mais rápidos, outros mais complexos e demorados. Desespero, raiva, culpa, impotência, negação, podem provocar de início um desequilíbrio e uma desorganização devido ao choque da perda,dando lugar mais adiante a um estágio de compreensão,percepção, elaboração e ressignificação, com a devida redefinição de papeis,novas habilidades, adaptação às mudanças e reinvestimento libidinal.


As fases do luto,considerada segundo Bowlby, como um conjunto de reações frente à perda, passariam por implicações tais como: choque, inquietação, desespero, desorganização e por último a retomada de atividades à vida.


Embora com todas as dificuldades reais de assimilação, faz-se inevitável sofrer, lidar e encarar as dores provocadas pelas perdas, por mais temível e desafiador que seja.


Deparar-se com a morte encarada como perda extremamente ameaçadora e irredutível, põe-nos na condição de sujeitos faltantes, falhos, imperfeitos, impotentes, talvez daí a sensação maior de insuportabilidade devido à condição narcísica e a sensação ilusória de onipotência.


Adaptar-se as perdas provocadas dependerá da individualidade de cada sujeito, considerando-se a sua subjetividade bem como as experiências trazidas dentro das suas produções éticas e morais.


Portanto, este olhar, embora reduzido, abre brechas para que pensemos o fenômeno morte, enquanto perda, como algo que transita por entre...nas entrelinhas da vida que produzimos a cada instante, como parte dela,embora sentida como algo que desacomoda,desconcerta,desapega,desvia, desmorona e se esvai. Necessária? Ambígua? Inquietante? Talvez...O importante é que provoque reflexões acerca do nosso existir e do sentido que damos a este processo.

Psicóloga Agnes de Fatima da Silva Patias
           CRP 07/ 17533


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